quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O LADO AVESSO

Hoje recebi um agrado da minha prima Paula....ela me mandou um texto porque disse se que lembrou de mim e que eu ia gostar...e foi batata! Amei ter lido porque é exatamente o que eu penso e tenho certeza que é também o que pensam aqueles e aquelas que trabalham por uma moda melhor e sem o preconceito daqueles que acham que moda não é um trabalho e que pra se fazer moda ou falar sobre, não precisa de tanta inteligência assim....

Obrigada Paula!!! ;)

Segue o texto :


O lado avesso

Créditos :Divulgação
Juliana ScchneiderComo sofrem os indivíduos que resolvem dedicar sua vida a moda. Futilidade, banalidade, entre outros adjetivos. E assim seguimos. Sempre contra a maré. E escrever sobre moda? Esse sim é um desafio. Escrever sobre algo que supostamente não tem importância ou valor. Escrever. Ato tão elevado, destinado a intelectuais, certamente não merecedor de assunto tão vazio.
E a tal da sensibilidade e do ver além? E o poder de identificar desejos de toda uma geração? Isso, os intelectuais se esquecem. Ah, também que esquecem que se vestem. Que sua roupa fala. E, que o jeito desleixado e a barba por fazer dizem alguma coisa e querem se comunicar. Não entendem de toda a psicologia atrás das escolhas de como se apresentar ao mundo. E, subestimam o papel da “fútil” moda em suas vidas rodeadas de coisas interessantes e super profundas.
A moda é uma ferramenta. Assim como precisamos de comida para sobreviver, precisamos da roupa para nos cobrir. Necessidade básica de proteção. Aquilo que os ditos fúteis que escrevem sobre moda aprendem em suas aluas de marketing, pois sim, estudamos. E mais, precisamos conhecer de infinitos universos: música, cinema, literatura, história, sociologia, psicologia, filosofia, artes. Tudo isso, para falar sobre moda. A moda, além de suprir uma necessidade, nos decifra e nos descreve. Mostra ao mundo quem somos. Nossas preferencias e escolhas. Nossa classe social. Nossa tribo.
A roupa que vestimos comunica mais do que nossa fala. E, é responsável pela primeira impressão que alguém tem de nós, que pode ser carregada por toda uma vida. Falar de moda é desafiador. Não há texto ou jornalista que resista ao “eu acho”. Não achamos. Temos convicções. Moda vai muito além de roupas e páginas de revista inundadas de objetos lindos, maravilhosamente fotografados em modelos magérrimas. E, mente aquele que diz que não se preocupa com o assunto ou com sua imagem, pois somente esse fato já faz com que esse indivíduo seja extremamente preocupado com a imagem que quer passar. 
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